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Vários instrumentos, hoje obsoletos, foram construídos como resultado de invenções e tentativas, até a criação do sistema de válvulas (ou pistões), idealizado pelo alemão Heinrich Stölzel, em 1815, para instrumentos de metal. Em 1939 o francês Périnet patenteou um sistema de válvulas chamado “gros piston” que é a origem das válvulas utilizadas hoje em dia nos trompetes. Surge então uma nova era, não só para o clarim como também para outros metais. Nos dias de hoje, o clarim é usado sobretudo por militares, para indicar as rotinas diárias de uma unidade militar, e por muitas fanfarras civís. Hoje em dia, o desafio para aqueles que tentam classificar o clarim, é tentar explicar em como os clarins são diferentes de outro tipo de instrumentos de banda de metal.

Chegou à Inglaterra em 1764, onde foi gradualmente e amplamente aceite em regimentos de infantaria. A cavalaria do séc. XVIII não usava um clarim padrão, mas sim uma corneta precoce que facilmente se confundiria com o clarim moderno, pois faltava-lhe as chaves ou válvulas, mas tinha um afunilamento gradual e uma campânula menor, produzindo um som facilmente mais audível de perto, mas com menor capacidade de projeção em distância. Variantes do século XIX baseadas no clarim tradicional incluem clarins com chaves e com válvulas. Os clarins com chaves surgiram na Inglaterra no princípio do século XIX, com a patente do "Royal Kent bugle", que foi tirada por Joseph Halliday em 1811. Esse clarim era altamente popular e teve amplo uso até 1850, caindo no desuso com o aparecimento da corneta com válvulas.

O desaparecimento, após a Revolução Francesa, de pequenas cortes que mantinham músicos foi uma das razões que fizeram com que os executantes de clarim desaparecessem também no fim do século XVIII. A impossibilidade de produzir mais sons para além de uma única série de harmónicos era a maior limitação dos instrumentos naturais. O primeiro uso formal de um clarim de metal como um instrumento de sinais militares foi o Halbmondbläser, ou clarim de meia lua, usado em Hanover em 1758. Tinha um formato em "U" (por isso a designação de meia lua) e era transportado confortavelmente por uma alça de ombro, que ligava o bocal à campânula.

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Embora os clarins sejam instrumentos de tubo essencialmente cilíndrico, há clarins que são nitidamente cónicos. A partir da Idade do Bronze os clarins passaram a ser usados sobretudo para fins marciais. Na Idade Média os clarins eram sempre feitos de latão, usando-se também outros metais, marfim e cornos de animais. No entanto, tinham uma embocadura já semelhante à dos instrumentos atuais, um bocal em forma de taça. Este bocal era muitas vezes parte integrante do instrumento e não uma peça separada, como acontece atualmente. Até fins do período da Renascença predomina ainda o clarim ou trompete natural (aquele que produz os harmónicos naturais).

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Os primeiros clarins foram moldados numa bobina - normalmente uma bobina dupla, mas também uma simples ou tripla bobina - semelhante ao clarim moderno, e foram usados para se comunicar durante a caça, e como instrumentos sonoros de carruagens ou coches. Antecessores e parentes do clarim moderno, incluiam a trompa ou corneta de postilhão, a corneta de Pless (às vezes chamada de “corneta Príncipe Pless”) e o trompete barroco. O exército da antiga Roma usou a buccina.

HISTÓRIA DO CLARIM

Dos instrumentos musicais, depois da voz humana, pode-se dizer que o clarim é um dos instrumentos mais antigos. Ele nasceu da necessidade que os pastores tinham para conduzir os seus rebanhos e para assustar animais. Eram ainda usados à maneira de um megafone, para fins mágicos ou rituais, cantava-se ou gritava-se para dentro do tubo para afastar os maus espíritos. Nessa época ele não tinha afinação ou escala, e eram feitos a partir de tubos de cana, bambu, madeira ou osso e até conchas. Mais tarde, os romanos e outros povos construíram-no de metal ou outros materiais, para ser utilizado para fins militares. Os seus toques comunicavam as ordens para o exército agir em combate.

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O CLARIM - INSTRUMENTO

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